Wilson Witzel, governador afastado do Rio de Janeiro.
Agência Brasil
Wilson Witzel, governador afastado do Rio de Janeiro.

governador afastado Wilson Witzel e o grupo investigado no âmbito das operações que apuravam fraudes na Saúde do Rio chegaram a rasgar documentos para atrapalhar as investigações .

As informações constam no voto da ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que julga o afastamento do cargo . A quebra de sigilo telemático dos investigados também aponta para um possível vazamento de informações nocivo à apuração dos fatos.

"No dia das buscas e apreensões, realizadas no âmbito da operação, foram encontrados documentos rasgados com investigados , em clara tentativa de destruição de elementos úteis à apuração dos fatos", afirmou Laurita Vaz.

A ministra, que se colocou a favor da manutenção do afastamento de Witzel , baseou o voto, entre outros fatos, nos indícios de vazamentos de informações sensíveis às investigações.

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"Há evidências de vazamentos de informaçõs sensíveis da investigação. Pois se constatou que 'os referidos foram informados da deflagração das operação a partir da quebra telemática nas conversas colhidas entre os investigados'", disse, citando um trecho do voto do relator, o ministro Benedito Gonçalves.

Laurita Vaz prosseguiu com o voto defendendo a contemporaneirade dos fatos, ocorridos durante o mandato de Witzel, e voltou a sustentar que o afastamento do governador foi necessário para cessar o esquema de corrupção do Governo do Rio.

"Da decisão do ministro relator, extrai-se elementos que demonstram que a ordem pública estava vulnerada de modo a justificar medidas enérgicas para sustar as atividades supostamente criminosas", disse Laurita.

"Há fortes evidências do cometimento de crimes gravíssimos, envolvendo em primeiro plano supostamente o governador do estado e a primeira-dama, que, na condição de advogada, teria recebido entre agosto de 2019 e maio de 2020 mais de R$ 500 mil em repasses considerados ilícitos de empresas ligadas à prestação de serviços hospitalares, algumas de fachada e operadas por laranjas", declarou a ministra.

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